Fuga espetacular de prisão de alta segurança em Portugal. Cinco presos em fuga
O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, disse que a evasão de cinco presos no Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, Portugal, foi muito bem planeada. “Todos os pormenores foram preparados ao mínimo detalhe, a partir de fora”, disse Luís Neves, acrescentando que “é uma investigação complexa. Estamos a falar de criminalidade organizada, com elevada capacidade financeira. É gente muito bem preparada”.
Os presos fugiram usando uma escada e saltaram um muro de seis metros. No exterior, tinham carros à sua espera.
Os reclusos - dois portugueses, um argentino, um georgiano e um britânico - foram condenados por roubos violentos, tráfico de droga, tentativas de homicídio e homicídio consumado.
Um dos fugitivos é Fábio Loureiro, conhecido por Fábio Cigano, que liderava um gangue que se dedicava ao tráfico de droga no Algarve.
Evadidos obedeceram a plano preparado por profissionais
Os presos esperaram pelo momento em que os guardas estavam concentrados a fiscalizar as visitas ao e, em poucos momentos, consumaram a fuga. No exterior, tinham dois carros e três cúmplices à espera. Era uma equipa altamente profissional que atuou de forma rápida e eficaz. Os “mercenários” que os ajudaram na fuga até tinham uma capa de sniper para se camuflar, assim como coletes táticos militares. A fuga só foi detetada uma hora e meia depois. Nessa altura, já estariam bem longe. Os cinco reclusos são muito perigosos e estão a monte, tendo sido desencadeada uma caça ao homem.
Em conferência de imprensa, o diretor da Polícia Judiciária alertou para a perigosidade e violência dos evadidos e o diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais garantiu que a fuga não teve nada a ver com falta de guardas prisionais
O diretor da Polícia Judiciária explicou que os cinco homens que fugiram no sábado da prisão de Vale de Judeus, em Alcoentre, são “gente muito violenta, com enorme capacidade de mobilidade”.
“Esta gente tudo fará para continuar em liberdade e quando digo tudo, é inclusive o valor vida humana”, avisou Luís Neves, numa conferência de Imprensa conjunta com a PSP, GNR, diretor-geral de Reinserção e serviços prisionais e o secretário-geral de Sistemas de Segurança Interna (SIS).