João Lourenço diz que a fome combate-se com maior oferta de alimentos e que o país não está produzir o suficiente
O Presidente da República considerou que o sucesso da luta contra a fome e a pobreza em Angola “não depende do aumento das importações ou da política fiscal e cambial”, mas sim de uma maior oferta de alimentos produzidos localmente. E “o segredo”, disse, “ é trabalharmos mais e com melhores práticas de cultivo para tirar o maior rendimento possível por hectare”.
João Lourenço, que falava na abertura do 2.º Conselho da República, órgão consultivo que reuniu com a agenda dedicada ao tema da segurança alimentar, pediu aos partidos, igrejas e sociedade civil que repudiem os “discursos negativistas” e encorajem as “famílias camponesas”, já que a agricultura familiar tem mostrado “bons resultados” e deve ser incentivada para aumentar a produção nacional.
No entanto, o Presidente admitiu que “o país já está a produzir bastante, mas não o suficiente”.
“Com a paz de que desfrutamos há 22 anos, o campo de batalha de hoje devem ser os campos agrícolas onde fazendeiros e camponeses com o seu abnegado trabalho extraem os produtos alimentares que nos precisamos de continuar a importar temos de olhar para as famílias camponesas com outro respeito e consideração (…) por nos proporcionarem o pão nosso de cada dia”, disse ainda João Lourenço.