sex, 18 out 2024
Política

João Lourenço pede na ONU uma reforma financeira que ajude os países em desenvolvimento

É preciso garantir que “nenhum ser humano ou país é deixado para trás”, disse o presidente angolano no seu discurso, esta segunda-feira, nas Nações Unidas.

João Lourenço pediu a intensificação da luta para “erradicar a pobreza em todas as suas formas e dimensões”, considerando que este é “o maior desafio global do nosso tempo e um requisito indispensável para alcançar o desenvolvimento sustentável”.

O líder angolano fez um apelo por um mundo com oportunidades que sejam distribuídas de forma equitativa e por uma reforma financeira que ajude os países em desenvolvimento.

“A República de Angola defende que não é possível construir-se um mundo equilibrado, seguro e sustentável, em que a dignidade e o acesso às oportunidades, sejam um benefício exclusivo de um pequeno grupo de privilegiados, em detrimento da maioria da população mundial. Defendemos igualmente a necessidade de se alcançarem consensos sobre a reforma da arquitetura financeira mundial e da arquitetura da dívida soberana mundial, sendo isso crucial para que tenhamos um sistema financeiro internacional mais justo e capaz de servir também os interesses dos países em desenvolvimento”, disse João Lourenço.

Segundo afirmou, não será possível concretizar as ambições comuns para o futuro “sem colocar as pessoas mais pobres e vulneráveis no centro das ações e garantindo que nenhum ser humano ou país é deixado para trás”.

Pacto para o futuro “é uma oportunidade”

O presidente de Angola afirmou que o Pacto para o Futuro oferece uma oportunidade para uma “participação mais ativa, significativa e atuante dos jovens e das mulheres na tomada de decisões a todos os níveis”. A adoção do pacto, disse, representa “um verdadeiro ponto de virada” para uma abordagem mais dinâmica, comprometida, engajada e assertiva de questões importantes para a humanidade”.

As desigualdades entre os Estados e a promoção do desenvolvimento sustentável

João Lourenço disse ainda que no domínio da paz e segurança, é necessária a “evolução para uma arquitetura de paz em que o princípio da segurança partilhada seja defendido e protegido por todos, de modo que nenhum cidadão, estado, região ou zona geográfica, se sinta protegida à custa da insegurança de outros”.

Lourenço concluiu seu discurso dizendo que espera que a Cúpula do Futuro contribua para que haja uma maior coordenação na governação económica global, tendo em vista a redução das desigualdades entre os Estados e a promoção de um desenvolvimento sustentável e sustentado.