Milhares de manifestantes tomaram conta das ruas de Caracas em protesto contra a anunciada reeleição de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela. As forças de segurança lançaram este domingo gás lacrimogéneo contra a população que saiu às ruas de Caracas, capital da Venezuela, depois da oficialização da vitória de Nicolás Maduro nas presidenciais, rejeitada pela oposição e por grande parte da comunidade internacional, que acusaram o Governo de fraude eleitoral. As sondagens durante a campanha davam a vitória ao candidato da oposição, Edmundo González Urrutia.

Depois de percorrerem cerca de 10 quilómetros pelo leste da capital venezuelana, milhares de manifestantes chegaram à autoestrada principal, onde membros da Guarda Nacional Bolivariana e da Polícia Nacional Bolivariana tentaram impedir os protestos.

A Polícia disparou gás lacrimogéneo e cargas de chumbo contra os manifestantes e deteve cerca de vinte pessoas. Vários manifestantes ficaram feridos, mas os protestos continuaram em vários pontos de Caracas.

Os manifestantes também derrubaram a estátua do ex-presidente Hugo Chávez.

A líder anti-chavista María Corina Machado declarou que o "novo presidente eleito" da Venezuela é Edmundo González Urrutia, líder da principal coligação da oposição, apesar dos resultados anunciados pela comissão eleitoral, que atribuiu a vitória a Maduro, reeleito para um terceiro mandato consecutivo de seis anos com 51,20% dos votos.