Eleições na Venezuela este domingo sob grande tensão
A Venezuela vai este domingo a votos. 21 milhões de cidadãos deste país latino-americano mergulhado numa profunda crise económica, social e política, vão decidir entre um terceiro mandato de Nicolás Maduro, 61 anos, líder do Partido Socialista Unido da Venezuela, e Edmundo Gonzalez Urrutia, 74 anos, da Plataforma Unitária Democrática, um diplomata reformado que substituiu na corrida eleitoral a carismática líder da oposição Maria Corina Machado, declarada inelegível pelo Governo.
O Governo venezuelano também decidiu encerrar as fronteiras terrestres desde sexta-feira, proibindo assim a entrada de emigrantes na Colômbia, impedindo-os de votar .
Na Colômbia estão cerca de 2,8 milhões de venezuelanos, dos quais apenas 7.000 estão inscritos para votar devido às dificuldades de registo nos consulados.
A oposição emitiu, entretanto, um apelo em Bogotá para que quem tivesse possibilidade de viajar para a Venezuela o fizesse para votar.
Entretanto, vários representantes internacionais também se viram impedidos de viajar a partir do Panamá. Uma delegação de eurodeputados do Partido Popular Europeu (PPE) e deputados espanhóis do Partido Popular (PP, de direita) não conseguiram autorização para entrar na Venezuela.
O presidente Maduro ameaçou os eleitores, sugerindo que não aceitaria uma vitória da oposição e que isso levaria a um "banho de sangue.” Ainda assim, as sondagens mostram que a oposição está à frente nas intenções de voto.