seg, 16 set 2024
Internacional

EUA reforçam presença militar no Médio Oriente e vários países retiram os seus cidadãos do Líbano

Os Estados Unidos estão a reforçar a sua presença militar no Médio Oriente, alegando tratar-se de uma medida de defesa com o objetivo de diminuir as tensões na região, declarou o conselheiro adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca. Jonathan Finer avisou, no entanto, que a máquina de guerra norte-americana está a preparar-se "para qualquer possibilidade".

“O Pentágono está a enviar ativos significativos para a região para se preparar para defender de novo Israel de um ataque, enquanto nos esforçamos por reduzir a tensão através da diplomacia, porque cremos que uma guerra regional não é do interesse de ninguém no atual momento. É algo que temos tentado evitar desde 7 de outubro”, disse Finer.

O Irão, o Hamas e o Hezbollah xiita libanês responsabilizaram Israel pela morte, na quarta-feira, do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, assassinado em Teerão. Entretanto, o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, ameaçou Israel com um "castigo severo" e o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, prometeu uma "batalha aberta em todas as frentes”. O Hamas e os rebeldes Houthis do Iémen também ameaçaram fazer mais ataques.

O Hezbollah, no Líbano e os houthis - grupo rebelde iemenita apoiado pelo Irão - já lançaram anteriormente diversos ataques contra Israel em resposta aos cerca de 40 mil palestinianos mortos pelos ataques israelitas a Gaza desde 7 de outubro, quando o Hamas matou 1200 pessoas no sul de Israel, além de fazer 250 reféns.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca considerou que, “quando o líder supremo diz que vai vingar-se, temos de o levar a sério. Não sei o que vão fazer ou quando, mas temos de garantir que estamos prontos e temos capacidades na região para ajudar Israel a defender-se, e muito francamente, defender-nos a nós, as nossas instalações e os nossos interesses de segurança nacional”.

Entretanto, os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, o Canadá, a França, a Suécia, a Arábia Saudita e a Jordânia avisaram os seus cidadãos que devem abandonar o país. E a embaixada britânica decidiu a retirada temporária das famílias do seu pessoal em Beirute.