Caracas, transformou-se numa batalha campal que já provocou pelo menos sete mortos e 40 feridos, segundo apurou o correspondente do El Mundo na capital da Venezuela. Milhares de manifestantes saíram às ruas em protesto contra a fraude nas eleições, que atribuíram a reeleição ao presidente Nicolás Maduro. A Polícia respondeu com armas de fogo.

A revolta alastrou a muitas zonas do país. Populares de Carabobo, Miranda, Aragua, Vargas, Portuguesa, Táchira,  Falcón e Anzoátegui, entre outros estados, foram para a rua protestar contra o Governo e reclamar a vitória da oposição, que estava à frentes nas sondagens durante a campanha.

A revolta contou com a adesão dos habitantes dos bairros populares de Caracas, sinal de grande preocupação para o Governo, pois estes já fizeram cair o presidente social-democrata Carlos Andrés Pérez quando, em 1989, se revoltaram contra a subida do preço da gasolina.

Perante a reação violenta da Polícia e das forças paramilitares leais ao Governo de Nicolás Maduro, a Amnistia Internacional emitiu um comunicado dizendo que “as pessoas que saem à rua para se manifestar no devem, em nenhum caso, ser reprimidas com uso excessivo de força nem enfrentar a violência imposta por grupos armados.”

Perante as denúncias de fraude eleitoral feitas por vários países, o governo chavista anunciou que vai expulsar do país os diplomatas da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.