"Aplaudimos o Governo de Angola e, em particular, o Presidente angolano e Campeão da UA para a Paz e Reconciliação, João Lourenço, pelos seus esforços de mediação”, declarou esta quinta-feira o porta-voz do departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, num comunicado.

Na declaração, os Estados Unidos salientaram que acolheram com satisfação o importante papel do Mecanismo de Verificação Ad-Hoc liderado por Angola na monitorização do cessar-fogo. "Elogiamos os governos da RDC e do Ruanda pelo seu compromisso em prosseguir com as negociações para pôr fim a este conflito”.

A nota do departamento de Estado acrescenta que os Estados Unidos estão prontos para apoiar a implementação e o monitoramento do cessar-fogo, em particular através dos esforços do Mecanismo de Verificação Ad-Hoc de Angola. "À medida que o cessar-fogo é implementado, apelamos a todos os atores para que respeitem os direitos humanos, cumpram as obrigações aplicáveis ​​sob o direito humanitário internacional e responsabilizem todos os actores pelos direitos humanos”, afirma a declaração.

Rebeldes congoleses afirmam que cessar-fogo acordado não se lhes aplica

A Aliança Rio Congo (AFC), movimento político-militar que integra grupos armados como o M23, disse, entretanto, que não está vinculada ao acordo.

Num comunicado desta quinta-feira, a Aliança Rio Congo, felicitou todos os que procuram uma resolução pacífica para a crise no leste da República Democrática do Congo, mas avisou que não está “automaticamente vinculada às conclusões de reuniões para as quais não foi convidada”.

Segundo a AFC/M23, “as forças de coligação do Governo de Kinshasa habituaram-se a usar as diferentes tréguas e cessação de hostilidades para se reorganizarem e continuar a limpeza étnica e os seus ataques contra o povo martirizado e os seus defensores”.