qui, 13 mar 2025
Internacional

Trump e Putim combinam medidas para o fim da guerra na Ucrânia

O presidente norte-americano, Donald Trump, conversou, esta quarta-feira de manhã, com o homólogo russo, Vladimir Putin, avançou a CNN Internacional, citando fonte ligada ao governo dos Estados Unidos. O Kremlin confirmou posteriormente, segundo o mesmo meio, que os dois presidentes falaram durante quase 90 minutos

Pouco depois, numa publicação na própria rede social, a Truth Social, Trump revelou que concordaram em "trabalhar juntos, de forma muito próxima", chegando a combinar "visitar as nações um do outro".

"Discutimos a Ucrânia, o Médio Oriente, Energia, Inteligência Artificial, o poder do dólar e vários outros assuntos", detalhou o presidente norte-americano.

Esta chamada é a primeira conversa conhecida entre os dois chefes de Estado desde que Trump tomou posse no mês passado, e aconteceu um dia depois de a Rússia ter libertado um norte-americano, que estava preso no país.

Na mesma publicação na Truth Social, Trump revelou que combinou com Putin que as "respetivas equipas iniciem imediatamente as negociações" para o fim da guerra na Ucrânia. "Começaremos por telefonar ao presidente Zelensky, da Ucrânia, para o informar da conversa. Algo que farei agora mesmo", escreveu o presidente norte-americano.

O antecessor de Trump, Joe Biden, não falava com o presidente russo há quase três anos.

Vários funcionários da administração norte-americana confessaram esperar que esta conversa possa significar um esforço renovado para acabar com a guerra na Ucrânia, que entra este mês no terceiro ano de conflito.

Recorde-se que a última semana foi marcada por um 'jogo' de chamadas não confirmadas entre os dois presidentes. Se, por um lado, o presidente dos Estados Unidos disse que tinham falado sobre o fim da guerra na Ucrânia, por outro, o líder russo não confirmou ou desmentiu.

Mas esta semana as 'trocas' não deixaram mentir - pelo menos, em termos de assuntos internos. É que na terça-feira a Casa Branca anunciou que havia uma "troca" em curso, com Marc Fogel, um professor detido na Rússia desde 2021, a regressar 'a casa'.

Do lado norte-americano, os Estados Unidos já revelaram que vão libertar o russo Alexander Vinnik em troca da libertação de Marc Fogel, de acordo com a agência Reuters.

Em dezembro, a família de Fogel disse que o refém passava "dificuldades inimagináveis" na prisão e lembrou que já outros prisioneiros tinham sido trazidos para casa, como a basquetebolista Brittney Griner, em 2022, e o jornalista Evan Gershkovich, em 2024.

Depois de falar com Putin, Donald Trump cumpriu e ligou ao homólogo ucraniano, com quem discutiu as "possibilidades de alcançar a paz" na Ucrânia.