A República Democrática do Congo (RDC) já não vai exigir a retirada das forças de manutenção da paz da ONU que se encontram estacionadas na província de Kivu do Norte, envolvidas num esforço de contenção dos rebeldes do M23, apoiados pelas tropas do Ruanda. Em setembro, o presidente da RDC, Félix Tshisekedi, exigiu a retirada das forças de manutenção da paz, acusando-as de se recusarem a confrontar os rebeldes. Mas agora a ministra das Relações Exteriores, Therese Kayikwamba Wagner, disse à AFP que a situação no Leste do país não é propícia à retirada das tropas das Nações Unidas. Um relatório da ONU revelou esta semana que o Ruanda tem entre 3 mil e 4 mil soldados a ajudar os rebeldes, envolvendo-se mesmo no confronto direto com o exército da RDC. Mais de um milhão de pessoas estão deslocadas desde Novembro de 2023 devido a este conflito armado, além de 6,9 milhões de pessoas que já abandonaram as suas residências, naquela que é uma das maiores crises humanitárias do mundo, segundo grupos humanitários que estão no terreno a ajudar as populações.

Foto Jornal de Angola