Já foram encontradas as caixas negras do avião que se despenhou no Brasil. Não há sobreviventes
Já foram encontradas as caixas negras do avião que se despenhou esta sexta-feira em Vinhedo, São Paulo, no Brasil. Marcelo Moreno, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), afirmou que "Nós temos a capacidade de fazer a obtenção desses dados (das caixas negras), mas em função da gravidade do evento, o gravador é exposto a uma temperatura tão alta que os equipamentos internos se danificam, impossibilitando a extração. Mas quando isso ocorre, temos acordos de parceria com agências de investigações de França, Canadá e Estados Unidos. Se não conseguimos, iremos ao próprio fabricante. Estamos prontos para trazer os gravadores para Brasília para iniciar a extração para obter informações importantes para recontar o acidente."
Marcelo Moreno disse ainda que os dados disponíveis indicam que não foi comunicada uma situação de emergência por parte da aeronave. "Isso, com certeza, será investigado, mas é muito prematuro para dizer. O que eu posso dizer é que a aeronave, em momento algum, reportou qualquer tipo de emergência.”
O chefe do Cenipa acrescentou que "o acidente aeronáutico é um evento catastrófico, completamente indesejável para a sociedade. O estado brasileiro tem duas grandes responsabilidades. Primeiro, a investigação criminal, que busca a responsabilização. A outra grande responsabilidade, é a investigação aeronáutica, conduzida pelo Cenipa, cujo objetivo é entregar segurança para a sociedade no transporte aéreo. Trabalhamos com fatores contribuintes, com objetivo de emitir recomendações de segurança de voo, e não é punitiva.”
Na mesma conferência de imprensa, os responsáveis da Autoridade Nacional de Aviação Civil confirmaram que a aeronave tinha a situação regularizada e que a Voepass estava totalmente de acordo com a atividade realizada, estava registada como uma empresa de transporte regular.
Entretanto, a Voepass divulgou a lista de pessoas que estavam no avião. Na aeronave seguiam 57 passageiros e quatro tripulantes, havendo um total de 61 vítimas mortais. O voo acidentado é o COO 2283. O avião da companhia aérea VOEPASS, um bimotor ATR-72-500, voava entre Cascavel e São Paulo, e despenhou-se por volta das 13h25 (17h25 em Luanda).