Angola recebeu 1,4 milhões de vacinas contra o cancro do colo do útero, para 2,1 milhões de meninas
Angola recebeu esta segunda-feira 1,4 milhões de doses da vacina contra o cancro do colo do útero, destinada a meninas entre os nove e os 12 anos.
Embora já tenha havido campanhas de vacinação contra o colo do útero, a ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta, disse que é a primeira vez que Angola introduz no sector público a vacina CECOLIN, fabricada pelo laboratório da INOVAX e classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como altamente eficaz e segura.
A ministra anunciou que em Novembro vai decorrer uma forte campanha de vacinação, em estreita colaboração com o Ministério da Educação.
Segundo Sílvia Lutukuta, o país tem uma população de cerca de 2,1 milhões de crianças nesta faixa de idades, e é a elas que será administrada a vacina.
Como se transmite e quais os sintomas da doença
O cancro do colo do útero transmite-se por via sexual e é provocado pelo vírus do papiloma humano. Nos países do terceiro mundo o cancro do colo do útero é mesmo a primeira causa de morte de muitas mulheres.
O início precoce e a promiscuidade sexual, o tabagismo, a imunodeficiência e a falta de vitaminas A, B e C facilitam a infecção.
O cancro do colo do útero é contraído através da mucosa vaginal, vulva, recto, boca e laringe. O vírus pode instalar-se na boca e nas cordas vocais, apresentando sintomas como um corrimento espesso, persistente e com mau cheiro, bem como dores no baixo ventre, a perda de sangue após o acto sexual, edemas nos membros inferiores e anemia crónica.
Foto JA