sex, 18 out 2024
Política

Pequim recusa financiamento de 600 milhões de USD e Angola volta-se para os EUA

A recusa do Governo chinês de financiar em 600 milhões de dólares a Refinaria do Lobito terá sido a gota de água que azedou as relações entre Luanda e Pequim e levou João Lourenço a não participar na 9ª Reunião do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que teve lugar na China no princípio de Setembro.

O Presidente angolano regressou da  sua recente visita a Pequim, em Março, de mãos a abanar, sem ter conseguido renegociar a dívida à China e, ainda por cima, com o “não” ao pedido de financiamento da refinaria. Este mau resultado foi como um balde de água fria que deixou João Lourenço agastado e levou-o a voltar-se para os Estados Unidos, incrementando os esforços de aproximação àquela potência económica.

Segundo o Valor Económico, fontes próximas do processo revelaram que as autoridades chinesas justificaram a recusa com a tendência crescente do stock da dívida externa angolana, facto que tem gerado críticas, bem como a necessidade de evitarem acusações de que a China estaria a criar “uma armadilha da dívida” para Angola.