Rússia manifesta disponibilidade para acordo de paz com a Ucrânia
A Rússia diz estar disposta a negociar um acordo de paz para pôr fim à guerra na Ucrânia. Moscovo indicou que as negociações lideradas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, estão a avançar, embora ainda existam pontos a acertar, como a questão da Crimeia. Apesar da situação militar complexa, a Ucrânia mantém a rejeição a qualquer ocupação do seu território.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou que Moscovo está "disposto" a chegar a um acordo para pôr fim à guerra na Ucrânia, segundo numa entrevista ao canal americano CBS divulgada na quinta-feira. Lavrov indicou que o Presidente dos EUA, Donald Trump, "fala de um acordo” e que Moscovo está “disposto a concluí-lo, mas ainda é necessário acertar alguns elementos específicos". Acrescentou que há "vários sinais" de que as negociações seguem numa direção positiva.
O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, admitiu numa entrevista à BBC que a Ucrânia poderia ter de ceder territórios à Rússia para alcançar uma "paz temporária", sublinhando que a Ucrânia "nunca aceitará uma ocupação" do seu território. No entanto, o processo negocial liderado por Trump encontra-se num impasse em relação à situação da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.
O Presidente norte-americano também apelou a Vladimir Putin a cessar os bombardeamentos no território ucraniano, escrevendo na rede Truth Social: "Vladimir, PÁRA!", manifestando descontentamento com o que considerou ser um "péssimo momento" para tais ataques.
Pelo menos 12 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em Kiev na sequência de bombardeamentos russos. A cidade de Pavlohrad, na região do Dniepro, também foi atingida por uma vaga de drones durante a noite de quinta para sexta-feira, provocando a morte de três pessoas, incluindo uma criança. Lavrov defendeu os ataques, afirmando que os alvos eram instalações militares ou civis usadas pelas forças armadas ucranianas.