seg, 16 set 2024
Internacional

Kamala Harris declara apoio a Israel e Ucrânia e promete ser a presidente de todos os americanos, em discurso de nomeação da candidata

Kamala Harris prometeu ser uma "presidente para todos os americanos" na madrugada desta sexta-feira em que aceitou a nomeação para candidata democrata às presidenciais dos Estados Unidos. Um mês depois da desistência de Joe Biden, a vice-presidente Kamala Harris declarou na convenção nacional democrata em Chicago que a nação tem agora "uma oportunidade preciosa e fugaz de ultrapassar a amargura, cinismo e batalhas divisórias do passado". 

A candidata presidencial afirmou também que vai defender Israel e a Ucrânia, apoiar os aliados e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e fazer com que os Estados Unidos tenham o maior poder militar do mundo.

Kamala declara apoio a Israel, mas defende direitos dos palestinianos

"No que respeita à guerra em Gaza, o presidente Biden e eu estamos a trabalhar sem parar, porque agora é o momento para conseguir um acordo para libertar os reféns e um cessar-fogo", disse. "Deixem-me ser clara: vou sempre defender o direito de Israel de se defender a si próprio e vou garantir que tem a capacidade de o fazer, porque o povo de Israel nunca mais deverá ter de enfrentar o horror que uma organização terrorista chamada Hamas causou a 7 de outubro”. 

No entanto, Harris também disse que a situação dos últimos dez meses em Gaza é devastadora e defendeu o direito dos palestinianos de viver em paz e segurança.  "Tantas vidas inocentes perdidas, pessoas desesperadas e esfomeadas a fugirem sem parar. A dimensão do sofrimento é de partir o coração", disse.

Kamala promete manter América ao lado da Ucrânia

Sobre a guerra na Europa, Kamala disse que, "como presidente, vou defender a Ucrânia e os nossos aliados da OTAN e acusou Donald Trump de ter ameaçado abandonar a OTAN e de "encorajar Putin" a invadir quem quisesse.

Kamala Harris não poupou os ataques a Donald trump, considerou-o um perigo para a América.

Alerta de Kamala para os perigos de eleger Trump

"Donald Trump não é um homem sério, mas as consequências de pôr Donald Trump de volta na Casa Branca são extremamente sérias. Considerem, não apenas o caos e a calamidade de quando ele estava no poder, mas também a gravidade do que aconteceu desde que ele perdeu a última eleição", disse numa alusão ao assalto ao Capitólio que levou a várias mortes em Washington, incluindo de polícias. Considerem a intenção de mandar para a cadeia jornalistas, oponentes políticos e todos os que vê como inimigos, considerem o poder que ele terá, em especial depois de o Supremo Tribunal dos Estados Unidos ter decidido que ele é imune de acusações criminais".

"Toda a gente sabe que Donald Trump não luta pela classe média, luta por si e pelos amigos milionários", acusou Kamala Harris. "Não vamos voltar  atrás", disse, referindo-se  às políticas conservadoras  de Trump, como cortar na Segurança Social e no Medicare, desmantelar o sistema de saúde conhecido como Obamacare, eliminar o Departamento de Educação e aprovar a proibição nacional do aborto.

Kamal anuncia corte de impostos para 100 milhões de americanos

A candidata democrata também apresentou o seu  plano económico e social, anunciando um corte de impostos para a classe média. 

"Vou criar uma economia de oportunidades onde toda a gente tem a chance de competir e ter sucesso, quer viva numa pequena aldeia ou grande cidade", declarou. "Vamos aprovar um corte de impostos para a classe média que vai beneficiar 100 milhões de americanos", declarou.