seg, 16 set 2024
Sociedade

Polícias envolvidos em crimes não têm impunidade, afirma ministro do Interior

O ministro do interior, Eugénio Laborinho, garantiu que não há impunidade para os agentes da Polícia Nacional (PN) envolvidos em crimes. O ministro reconheceu que, “no cumprimento do dever, os nossos agentes, lamentavelmente, cometem erros, alguns dos quais culminam com a perda de vidas humanas".

O ministro acrescentou que têm sido instaurados processos de inquérito, de averiguação, disciplinares e criminais contra os envolvidos em crimes", daí que temos nos estabelecimentos penitenciários do país efetivos condenados por prática de crimes militares e comuns, além daqueles que foram sancionados com a expulsão da corporação por má conduta”. Eugénio Laborinho, revelou que, em 2023, foram expulsos 46 efetivos e, no primeiro semestre deste ano, outros 32.

Eugénio Laborinho falava após uma audiência com concedida ao líder do Bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes. Audiência essa que foi pedida antes do 31 de agosto - dia em que foi marcada uma manifestação contra a Lei dos Crimes de Vandalismo de Bens e Serviços Públicos – com o objetivo de "evitar repressão, ao invés da ação de proteção como postula a lei", conforme disse Filomeno Vieira Lopes. Mas a reunião não se realizou antes, segundo o ministro "devido à sobreposição de tarefas inadiáveis", e a manifestação foi impedida pela Polícia, resultando a intervenção policial na detenção de dezenas de ativistas.

O ministro do Interior não esclareceu a intervenção da Polícia, mas afirmou que "os partidos políticos não devem ser veículos, nem instigadores de atos de alteração da ordem pública, tão pouco devem promover o ódio, a calúnia e a difamação contra entidades públicas e privadas".